O meu novo livro


E foi mergulhada nos livros que descobri que preciso escrever o meu. Demonstrar com palavras aquilo que os lábios não conseguem dizer. Viver como se tudo fosse acabar amanhã, como se nada existisse no momento em que abrisse os olhos. 

O primeiro passo pra isso acontecer foi tirar um dia para pensar, aqueles dias em que você não fala com ninguém, não sai de casa e só fica deitada pensando sobre sua vida, sobre as pessoas, sobre você.

Livros rodeados na cama, muitas almofadas, um quarto bagunçado igual à mente e muitos sonhos que estavam impedidos nos pensamentos. Era a hora de organizar, viver e principalmente se amar.

Rasguei alguns capítulos da minha vida, apaguei linhas mal escritas e finalmente entendi que precisava colocar o tão esperado ponto final, para que pudesse começar o próximo livro, com capítulos intensos e diversificados, jamais escritos ou vividos, aquele que eu iria viver.

Relendo o livro onde Anita pode voltar ao passado e mudar suas decisões (que na verdade alteram o futuro) percebi que não é necessário querer mudar o passado, isso na verdade só vai prejudicar ainda mais as escolhas. Tenho que afundar o passado em um balde gigante de água fria e me preparar para a mistura de borboletas inesperadas que estão por vir.

É assim que começo o livro, o meu livro. Aquele que sentimentos são jogados para que outros surjam e assim, talvez, eu escreva meu tão esperado final feliz.

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